Popularizado nos Estados Unidos no século passado e um dos símbolos do país, os “drive-in” ou “drive-thru” sempre foram ótimas opções para quem estivesse afim de sair para jantar sem abrir mão de certa privacidade. Se o lugar tiver estacionamento, você pode fazer o seu pedido e comer no carro, curtindo apenas com a companhia desejada.
Estamos em 2013 e a Suíça resolveu fazer algo parecido. Em uma zona industrial, à oeste da cidade de Zurique, foi finalizada a construção de um drive-in do sexo. A justificativa da ideia é ter mais controle sobre a prostituição no país, combater as cafetinagens, afastar a prostituição das áreas centrais da cidade e dar mais segurança aos profissionais do sexo.
São nove vagas disponíveis e o negócio funciona assim: O motorista chega ao local e segue um caminho pré-determinado onde escolherá uma entre quarenta prostitutas cadastradas e disponíveis. Após eleger a sua preferida, combinar o valor, condições, fetiches e tudo mais, a prostituta entra no carro e junto com o cliente se dirige a um local semi-fechado, muito similar a uma vaga de estacionamento. Lá, vale tudo, menos transar sem camisinha e comprometer a integridade física da trabalhadora. Pôsteres pelas paredes de madeira alertam sobre os perigos da Aids e um alarme está disponível para ser acionado caso algum cliente ofereça perigo à mulher.
Perceberam que mencionei trabalhadora? Na Suíça, a prostituição é uma profissão legalizada como qualquer outra. O governo inclusive recolhe impostos da prática. Cada trabalhador do sexo na Suíça paga uma taxa de cinco francos (R$ 12,50) por noite de serviço.
Essa facilidade no país tem feito crescer o mercado da prostituição, sobretudo por imigrantes do Leste Europeu, com destaque para a Hungria. Há, ao todo, três zonas de sexo em Zurique e qualquer pessoa que trabalhar fora destas áreas delimitadas está sujeita a pagar uma multa de 450 francos (R$ 1130,00).
O drive-in do sexo é reservado apenas para motoristas. Não é possível ir a pé, de bicicicleta, moto, ônibus, carona, camelo ou skate. O horário também é limitado. O esquema abre as portas às sete horas da noite e fecha às cinco horas da manhã.
Com um custo avaliado em 2,1 milhões de francos (R$ 5,2 milhões), o projeto foi aprovado pela população em um referendo, realizado em março do ano passado. A abertura será dia 26 de agosto.
As autoridades acreditam que a violência contra os profissionais do sexo diminuirão após medidas como essa. Como explicou Michael Herzig, do departamento de bem-estar social da Suíça, em entrevista ao Telegraph:
Queremos regular a prostituição porque até o momento aqui valia a lei da selva. Eram os cafetões quem decidiam os preços, por exemplo. Estamos tentando chegar a uma situação melhor para a saúde e segurança das próprias prostitutas e também para as pessoas que vivem em Zurique.
Ideias como esta cairiam muito bem em cidades com grande procura por sexo, como Brasília, por exemplo.
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