Conheci as fantásticas ilustrações da Juliana Fiorese através do livro, financiado coletivamente pelo Catarse, “Uma história mais ou menos parecida” (escrito por Márcia Paschoallin). Então, quando me deparei com a pequena ilustração nesse site que servia de chamariz para o projeto de financiamento de um livro infantojuvenil a respeito da pintora mexicana Frida Kahlo, logo reconheci aquele estilo.
Assim, cliquei na ilustração e me juntei aos quase trezentos apoiadores do projeto. Após esperar pela entrega e ler o livro, o que posso dizer? Que valeu a pena fazer parte do grupo que ajudou “Os Vestidos de Frida” a ir para o papel.
De autoria de Christine Ferreira Azzi, o livreto direcionado ao público infantojuvenil foca na forte relação e simbologia de Frida com suas roupas, bastante influenciada pelas cores e costumes de seu povo, os nativos mexicanos. De tão constante e exuberante, essa relação entre Frida, roupas e cores acabou se tornando uma forte e inesquecível marca registrada da artista.
Obviamente, devido ao seu público-alvo, “Os Vestidos de Frida” passa rapidamente pelos episódios mais pesados da vida da pintora mexicana.
Sim, é citado o período de sua adolescência em que ela foi obrigada a ficar acamada durante meses após um grave acidente, pois foi justamente nessa fase da sua vida que Frida Kahlo começou a pintar de forma mais constante, levando suas experiências difíceis para as telas como, imagino eu, uma forma de exorcizá-las.
Em resumo, o casamento entre o ótimo texto de Christine Ferreira Azzi e as belas ilustrações da Juliana Fiorese cumpre muito bem o papel de apresentar essa grande artista mexicana para os mais novos.
E não só para os mais novos, visto que eu estou até devendo um “muito obrigado extra” ao livro por me fazer pesquisar e conhecer mais sobre Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón.