Fotógrafo usa câmera de 130 anos para capturar o presente

fotos antigas

Sim, existe um app e uma rede social que deixam as fotos antigas, mas o fotógrafo britânico Jonathan Keys não se dá por satisfeito apenas com edições. Para retratar o cotidiano da cidade inglesa de Newcastle, Keys não sai com um smartphone em mãos, mas com uma grande câmera de madeira Circa da década de 1880.

O que mais chama a atenção no trabalho de Jonathan Keys é sua paciência ao utilizar o antiquado método chamado de colódio úmido. Inventado pelo também inglês Frederick Scott Archer (1813-1857), o processo é assim chamado por usar o colódio – uma mistura formada por nitrato de celulose, álcool e éter – para unir os sais de prata em placas de vidro e formar, posteriormente, os retratos. O vídeo abaixo ilustra melhor o processo.

Munido então com seu material, Jonathan Keys sai às ruas em busca de seus ângulos. Cada retrato leva, em média, 15 minutos para ser concluído. A maior parte do tempo é no preparo do material e não na exposição em si. Devido a esse grande trabalho, Keys fotografa entre 2 e 6 fotos ao dia. Só.

É definitivamente muito mais gratificante do que fotografia digital por causa do tempo e da atenção que cada foto exige. (Keys, em entrevista ao Daily Mail)

Jonathan Keys em um dia de trabalho
Jonathan Keys em um dia de trabalho

O fascinante no trabalho do fotógrafo é que em um primeiro momento parece que estamos visualizando fotografias históricas. Mas ao olharmos com mais atenção, alguns itens como carros, roupas e até modernos graffitis entregam que a imagem é atual, apesar de sua aparência antiquada.

Confira na galeria abaixo algumas imagens oriundas do projeto do fotógrafo. O trabalho completo pode ser acompanhado pelo seu perfil no flickr.