AC/DC – Back in Black (1980)

“Se algo acontecer comigo eu gostaria que vocês chamassem esse cara, Brian Johnson, para o meu lugar”. Bon Scott disse isso aos amigos da banda após ter visto uma performance de Brian Johnson com a banda Geordie, em um pub na Inglaterra. Parecia que Bon Scott sabia o que estava dizendo, e após a sua morte, Brian Johnson foi chamado para uma audição. Brian Johnson foi, mas não sem chegar atrasado por ter ficado umas horas a mais jogando sinuca. Felizmente, para o estilo do AC/DC esse era um comportamento aceitável e a justificativa foi válida.

Angus Young já disse em uma entrevista que a morte de Bon Scott foi o único momento em que pensou em deixar a banda. Mas tinha essa recomendação de Bon Scott, e por esse motivo a banda continuou viva. Resumindo, Bon Scott, mesmo morto, ajudou a perpetuar o AC/DC e fazer com que a banda mais rock’n’roll de todos os tempos continuasse fazendo shows ao redor do mundo até hoje.

Back in Black é uma homenagem ao ex-vocalista em vários sentidos. Da capa negra ao nome do disco “Back in Black”, passando por várias outras músicas com referências à morte de Bon Scott. É um disco histórico, com os riffs e as melodias criadas pelos irmãos Angus e Malcom Young sendo transformadas em hinos para várias gerações de rockeiros.

Em suma, Back in Black utiliza a mensagem do seu título. Quando todos pensaram que o AC/DC estava acabando com a morte de Bon Scott, eles voltaram e gravaram o seu melhor álbum.

Back in Black foi gravado primeiramente nas Bahamas, no Compass Point Studio, e finalizado no Electric Lady Studios, New York. Foi lançado pelo selo ATCO em 25 de julho de 1980 e produzido por Robert John Lange. O projeto gráfico do disco foi feito por Bob Defrin.

AC/DC – Back in Black – Faixa a Faixa

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1. Hell’s Bells

O primeiro som que se escuta de Back in Black é o bater dos sinos, condizente com o nome da faixa. O disco inicia com essa homenagem a Bon Scott. Definitivamente os sinos do inferno significa a morte do ex-vocalista. Gradativamente a música vai aumentando, com o rif de Angus, a guitarra base de Malcom em seguida, e por fim, aos poucos, a bateria, começando levemente pelos pratos, aumentando a intensidade com o bumbo até completar o ritmo inicial da música. Após o verso, o riff inicial volta para encorpar o refrão da música.

2. Shoot To Thrill

Algumas músicas não morrem com o tempo, mas ficam um pouco esquecidas. Mesmo assim, podem ser de certa forma relançadas. Quem conhece AC/DC não esquece de Shoot to Thrill, um dos grandes destaques desse fabuloso álbum. Mas quem não conhece ou conhece pouco a banda certamente passou a conhecer e a gostar mais de Shoot To Thrill ao assistir Homem de Ferro 2. Shoot to thrill, play to kill. Too many women with too many pills. Shoot to thrill, play to kill. I got my gun at the ready, gonna fire at will. Essa música é uma das melhores da banda, pois mesmo tendo sido lançada há mais de 30 anos mostrou ter poder suficiente para ser a trilha sonora de um sucesso de bilheteria hollywoodiano.

AC/DC - Hell's Bells

3. What Do You Do For Money Honey

A música com a forma mais pop do disco. Desde o verso até repetidos refrães e backing vocals. AC/DC sabe muito bem o que as pessoas podem fazer por dinheiro (principalmente as mulheres), por isso perguntam: What do you do for money honey? How do you get your kicks? What do you do for money honey? How do you get your licks?

4. Givin’ The Dog a Bone

Mais um daqueles riffs do AC/DC para acompanhar balançando a cabeça, do verso ao refrão. Uma letra com diversas conotações sexuais. She’s no Mona Lisa. She’s no Playboy star. But she’ll send you to heaven. Then explode you to Mars. She’s using her head again. I’m just giving the dog a bone.

5. Let Me Put My Love Into You

Começa vagarosamente, assim como Hell’s Bells, com a guitarra e a bateria numa lenta dinâmica. Segundos depois se solta. Mais AC/DC do que nunca. Mas todas as músicas são assim, não? Tem um baita riff que se destaca no pré-refrão. Don’t you struggle. Don’t you fight. Don’t you worry.’cause it’s your turn tonight. 

6. Back in Black

Talvez seja a música mais conhecida do ACDC. Os compassos marcados no chimbal são inconfundíveis, assim como a guitarra de Angus e a melodia vocal seguida por Brian Johnson. Impossível não conhecer esse riff, criado por Malcom Young, anos antes de a música ser lançada. O riff ficou guardado por um tempo até ser usado em Back in Black, por sugestão de Angus. Mesmo Bon Scott tendo escrito alguns versos, a música possui estrofes criadas após a tragédia, demonstrando respeito à Bon Scott. Forget the hearse, ‘cause I never die. I got nine lives, cat’s eyes. Abusing every one of them and running wild.

7. You Shook Me All Night Long

Outra música do AC/Dc que estourou no mundo inteiro. Um riff inicial marcante no começo e um dos melhores solos de Angus. É um dos hinos da banda, e quem conhece canta o refrão junto. Os versos começam com Brian Johnson cantando She was a fast machine, she kept her motor clean. Referência a dois itens básicos na vida de Brian Johnson, carros e mulheres. Foi o primeiro single do disco.

8. Have a Drink On Me

A fórmula do AC/DC, o começo com a guitarra seguido da bateria com aumento gradativo da dinâmica se repete. Em Have a Drink On me não é diferente. E, como dizem, em time que está ganhando não se mexe. E assim, o AC/DC continua ganhando em mais uma dedicada a Bon Scott. O título autoexplica o motivo.

AC/DC San Francisco

9. Shake a Leg

Enquanto Malcom e Young deixam as notas soarem, Brian Johnson canta despretensiosamente. Escute bem que o final do primeiro verso vai lembrar Whole Lotta Rosie quando some o instrumental e só o vocal permanece. Idle juvenile on the street, on the street. Who is kicking everything with his feet, with his feet. Fighting on the wrong side of the law, of the law. Don’t kick, don’t fight, don’t sleep at night. It’s shake a leg.

10. Rock’n’Roll Ain’t Noise Pollution

Uma característica introdução com um riff que seria usado posteriormente também no refrão. Nesse caso o riff não só se repete no refrão como imita a melodia vocal. Quando se escuta a introdução da música o  cérebro ligeiramente liga o som às frases: Rock’n’roll ain’t nose pollution. Rock ‘n’ roll ain’t gonna die. A música possui uma introdução falada que Brian Johnson diz ter sido improvisada na hora.

Hey there all you middle men
Throw away your fancy clothes
And why you out there sittin’ on a fence
So get off your arse and come down here
Cause rock ‘n’ roll ain’t no riddle man
To me it makes good good sense

Rock’n’Roll ain’t noise polluytion é a prova de que o AC/DC estava vivo e afim de continuar fazendo rock’n’roll, independente dos críticos. É um ode ao rock’n’roll.

Back in Black

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